CIDADANIA.
NOGUEIRA,
Ione da Silva Cunha - UNESP/Araraquara
Uma educação conscientizadora e emancipadora, que garanta qualidade de ensino e
acesso a cidadania e a democracia, tem sido proposta tanto pela Nova Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (1996), quanto pela Constituição Federal do Brasil (1988).
Conforme a Lei Federal nº 9.394/96 (LDB), art. 2o: “a educação ... tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
A Constituição Federal (1988), no Cap. III, Seção I art. 205, estabelece que: “A
educação ... será promovida ... visando o ... preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.”
Educar para a cidadania tem sido a preocupação que tem centralizado as discussões
sobre os valores inerentes a essa formação. Porém pode permanecer a dúvida sobre o que
vem a ser educar para a cidadania.
Para FERREIRA existe uma grande dificuldade em se conceituar
cidadania. Em alguns momentos, cidadania é tratada como “nacionalidade”, em outros,
“traz para si juízos de valor, aparecendo associada ao aspecto positivo da vida social do
homem em contraste com a negatividade da não-cidadania, a marginalidade.”
Um fato importante a ser considerado é que, cidada
PARA ONDE CAMINHAMOS NA EDUCAÇÃO
Estamos caminhando rapidamente para uma sociedade muito diferente que em parte vislumbramos, mas que ainda nos reserva inúmeras surpresas. Será uma sociedade conectada, com possibilidades de comunicação, interação e de aprendizagem inimagináveis hoje. Os processos de educação que serão implantados serão profundamente diferentes dos atuais. Todas as sociedades educam, transmitem seus valores e a tradição. Como será feito isto daqui a quarenta ou cinqüenta anos, não o sabemos claramente. Mas sabemos que a aprendizagem será a essência da nova sociedade: aprender a conhecer, a sentir, a comunicar-se, a equilibrar o individual e o social. Será uma sociedade de maior participação direta, que decidirá as principais questões sem tantos intermediários (haverá mais debates, consultas e referendos on-line). A informação estará disponível, as formas de aprender serão muito variadas e as formas de organizar o ensino também. Todos os alunos estarão conectados às redes digitais por celulares, computadores portáteis, TVs digitais interativas. Os alunos mais pobres terão equipamentos mais simples, mas todos estarão conectados e essa é a uma realidade impensável hoje, mas que rapidamente está se tornando viável. De um lado as cidades se conectam, as escolas também e os alunos terão acessos individuais e grupais às redes digitais dentro e fora da escola. Todas as salas de aula estarão conectadas, abertas para o mundo; serão salas de pesquisa, de publicação, de debates presenciais e virtuais, de avaliação.
Toda sociedade será uma sociedade que aprende de inúmeras formas, em tempo real, com ampla material audiovisual disponível. Será uma aprendizagem entre pares, entre colegas, e entre mestres e discípulos conectados, em rede, trocando informações, experiências, vivências. Aprenderemos em qualquer lugar, a qualquer hora, com tecnologias móveis poderosas, instantâneas, integradas, acessíveis. Não precisaremos ir a lugares específicos, o tempo todo. Iremos para alguns contatos iniciais e para a avaliação final. O restante do tempo estaremos conectados audiovisual e interativamente, quando o quisermos, com quem quisermos. Haverá formas de acelerar o acesso à informação (implantes e outros recursos que a nanotecnologia nos promete). Haverá máquinas inteligentes, em muitos aspectos mais inteligentes que os humanos. Por isso, é impossível antecipar a educação do futuro, mas podemos apontar alguns caminhos que nos ajudarão a mudar radicalmente o panorama atual tão conservador e massificado que ainda temos atualmente.nia não pode ser pensada sem os
pressupostos histórico-filosóficos sobre os quais se fundamenta. Ela só adquire forma
própria quando faz parte de um indivíduo, o cidadão. “Ele (o indivíduo) realiza sua
existência, enquanto ela (a cidadania) lhe confere uma identidade.
Sob esse ponto de vista a cidadania traz uma certa ambigüidade para a identidade do
homem, pois se na esfera individual cada um é único e inigualável, na esfera pública cada
um é cidadão e pelo menos em teoria, igual a todos os outros, quanto aos seus deveres,
direitos e privilégios decorrentes do correto exercício de sua cidadania.
www.anped.org.br/reunioes/23/textos/0506p.PDF
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